Belo Horizonte registrou quase 85 mil acidentes de trânsito em 2024, o que representa um aumento de 6,9% em relação ao ano anterior. Entre janeiro e agosto de 2025, o número de ocorrências também cresceu, chegando a 4,8% a mais do que no mesmo período de 2024, o que significa aproximadamente três mil registros adicionais.
O Anel Rodoviário foi a via com mais acidentes em 2024, somando 4.337 casos, seguido de perto pela avenida Cristiano Machado, que contabilizou 3.994 ocorrências. Especialistas apontam que esse resultado é esperado, já que se tratam de vias extensas, de alto fluxo e que mesclam tráfego urbano e rodoviário. A combinação de velocidade elevada, cruzamentos frequentes, presença de pedestres, ônibus e a carência de investimentos em infraestrutura e sinalização contribui para esse cenário.
No que diz respeito às mortes no trânsito, a avenida Amazonas superou o Anel Rodoviário e se tornou a mais letal. Isso se deve ao grande volume de pedestres, ao intenso movimento de ônibus sem faixas exclusivas e à quantidade de cruzamentos ao longo da via, o que aumenta a exposição a acidentes graves.
Entre as possíveis soluções, especialistas destacam a redução dos limites de velocidade, especialmente em áreas de grande circulação de pedestres, a educação para o trânsito desde a base e intervenções de engenharia, como travessias elevadas, redutores de velocidade, melhorias na iluminação e sinalização mais eficiente.
A Prefeitura de Belo Horizonte afirma que a BHTrans mantém ações contínuas de fiscalização eletrônica, implantação de redutores, travessias e campanhas educativas, além de melhorias na sinalização. Também há obras em andamento no Anel Rodoviário, na Cristiano Machado, com novos viadutos e trincheiras, e na avenida Amazonas, que receberá um novo terminal de integração do BRT e ajustes no sistema viário.
