A rotina de quem vive nas estradas está prestes a ganhar um novo fôlego. Um projeto de lei que avança no Congresso promete mais flexibilidade e justiça para os caminhoneiros brasileiros, aliviando a pressão constante sobre a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A proposta, já aprovada na Comissão de Infraestrutura, tem como ponto central o aumento do limite de pontos na CNH para motoristas profissionais. A ideia é elevar o teto atual de 40 pontos para 80 pontos, desde que o condutor não cometa nenhuma infração gravíssima.
Para um caminhoneiro, a CNH não é apenas um documento; é a ferramenta de trabalho e a garantia de sustento. Acumular pontos por infrações leves e médias, muitas vezes inevitáveis na complexidade do trânsito urbano ou rodoviário, pode levar à suspensão da carteira, impactando diretamente a renda e a estabilidade financeira de toda uma família. A medida busca reconhecer a realidade da profissão. Em vez de uma punição automática por excesso de pontos, o projeto oferece uma margem de segurança maior. Isso permite que os motoristas tenham mais tranquilidade para focar no que realmente importa: dirigir com segurança e eficiência.
É importante destacar que a proposta não significa um “liberou geral”. O aumento do limite de pontos não se aplica a infrações consideradas gravíssimas, como dirigir sob o efeito de álcool ou manobras perigosas. A lei continua rigorosa com comportamentos que colocam a vida de outras pessoas em risco. O objetivo é simples: trazer mais justiça para a categoria, diferenciando pequenos erros de trânsito de condutas irresponsáveis. Ao dar mais flexibilidade, o projeto ajuda a manter profissionais experientes nas estradas, garantindo que o fluxo de mercadorias no país continue seguro e ininterrupto. A aprovação final do projeto no Congresso pode representar um alívio significativo, trazendo mais tranquilidade e dignidade para a vida daqueles que movem a economia do Brasil sobre rodas.