O “Pare” Que Virou “Passe”: Uma Cultura Perigosa no Trânsito Brasileiro
Em muitas cidades pequenas do Brasil, a placa de “PARE” parece ter um significado diferente do que foi concebido. Em vez de ser um comando para uma parada total e obrigatória, ela é frequentemente interpretada como um mero aviso: “passe se não vier ninguém”. Essa leitura informal e perigosa é uma das principais razões para os inúmeros acidentes de trânsito em cruzamentos de áreas urbanas menos movimentadas.
A lógica por trás dessa atitude é simples, mas falha. O motorista pensa: “a rua está vazia mesmo, então não preciso parar”. O problema é que o “vazio” é uma percepção subjetiva. Um segundo de desatenção, um veículo vindo mais rápido do que o esperado, ou até mesmo um pedestre que surge de repente, pode transformar uma manobra aparentemente inofensiva em um acidente. A verdade é que a placa de “PARE” exige uma parada completa para que o motorista tenha o tempo e a visibilidade necessários para avaliar o cruzamento de forma segura.







